domingo, dezembro 28, 2008

PostHeaderIcon O Natal de Claudemira




- Gente, nós foi convidado pra passar o Natal na casa do meu chefe.

- O que é para gente levar, Mãe?

- Nada. Ele disse que oferece tudinho.

Na véspera de Natal Claudemira e os filhos foram pra a casa do chefe, com sacolas de presentes nas mãos, muita fome e sede.

- Chefe, onde eu ponho os presentes?

- Ah ... onde você quiser, Claudemira. Ali ...

- Chefe, presente a gente põe embaixo da árvore, disse ela rindo e não entendendo o embaraço dele.

- Não fazemos árvore aqui em casa.

Ela deixou os presentes num canto da sala para não atrapalhar o trânsito das demais pessoas.

- Chefe, sai uma cervejinha gelada?

- Sinto muito, minha cara, nós não bebemos álcool no Natal.

Sucos e refrigerantes a vontade e um balde de água fria nas pretensões daquela mulata fogosa e de seios fartos.

A televisão estava desligada. Nada de especiais da TV e nada de música profana. Ao fundo, música erudita que aos ouvidos da ignorante Claudemira pareceu religiosa.

Um presépio tomava conta de canto nobre da sala, sem o menino Jesus.

Os filhos dela encontraram outros jovens para conversar e desapareceram da sala.

Claudemira ficou só, consigo mesma, pois, não conseguiu acompanhar a conversa das outras pessoas presentes. Eles falavam sobre a história da igreja, os mitos que envolviam o Natal; as festas profanas que derem origem à comemoração do nascimento de Cristo e, falaram muito a respeito desse nascimeto e das dúvidas a respeito da data real em que teria ocorrido.

- Não tem Papai Noel na decoração, pensou ela. Por que esse povo discute tanto? Jesus nasceu no dia 25 e nós trocamos presentes, ora! Cadê a ceia? Tou com fome! Ficar aqui a seco não é mole!

O jantar foi servido e Claudemira espantou-se por não ver aquele festival de iguarias sobre a mesa. Oraram antes de ser servido o bacalhau o que pareceu um absurdo naquela cabecinha de vento.

- Chefe, cadê os outros pratos? Eu não sou muito amiga de bacalhau, não!

Rindo, ele disse:

- Como não? Já vi você comer bacalhau lá no bar do Tião, perto do escritório! Esse é o único prato, minha cara!

- Chefe, comi bacalhau lá por outros motivos. Num gosto não! Disse ela revirando os olhos com malícia.

A sobremesa foi servida. Frutas frescas e secas, além de um pavê de chocolate.

Após a ceia, todos voltaram às conversas que não eram familiares à Claudemira e ela foi ficando incomodada. Ninguém trocou presentes, a música aos ouvidos dela continuavam fúnebres e os filhos se divertindo com os outros jovens.

Perto da meia noite a dona da casa se levantou e pegou a figura do Menino Jesus e levou ao presépio, colocou no berço de palha, acendeu uma lâmpada pequena que initava uma vela e orou. Convidou os demais para orar e iniciou rápida preleção sobre o sentido daquela festa.

- Devemos deixar que Jesus entre em nossos corações, na nossa casa, no nosso bairro, na nossa cidade e assim, até atingir todos os seres viventes, comemorando o dia de hoje, deixando as mágoas e as tristezas lá no passado. Nossa ceia foi perfeita, sem desperdícios, sem sobras, para nos lembrarmos que nosso Jesus nasceu em local simples, inóspito e frio. Não devemos esbanjar ou desperdiçar para comemorar o nascimento de Jesus. O melhor presente que você pode oferecer não é isto, nem aquilo, mas é a sua disposição de servir, é o seu acolhimento, é a sua bondade, é a sua ternura, é o seu amor.

O queixo de Claudemira caiu. Ela se sentiu estranha no meio daquele povo diferente que não entendia o que era o Natal e que ficava orando e falando bonito.

Após a manifestação da dona da casa ela se despediu, pegou os filhos e os presentes e foi embora para a casa de sua comadre que estava no meio da ceia, com tender, pernil, lombo de porco, chester, arroz com passas, muita cerveja e pagode. Comeu a não mais poder e distribuiu os presentes adquiridos para o chefe e esposa para a comadre e marido.

Divertiu-se até altas horas e no dia seguinte, de ressaca, ajudou a lavar os pratos e copos.

- Tive um Natal inesquecível! Conheci um negão musculoso e com uma linda tatuagem, lá ... !

Bjkª. Elza

Em tempo: Para quem não sabe, Claudemira é um personagem que criei para viver histórias diversas e, geralmente cheias de gafes e imprecisões. Trata-se de uma mulata metida a besta, que acha que sabe de tudo. É sem educação, fogosa, não se lembra que já passou dos 40 e que tem netos. Usa saias curtíssimas, decotes enormes, cabelos revoltos e maquiagem carregada.

Em tempo 2: a preleção a respeito do Natal e do significado foi retirada do blog Evangelizar, da Tetê, cujo link está ali ao lado.

sábado, dezembro 27, 2008

PostHeaderIcon Natal


Quando eu era menina o Natal era comemorado na casa de minhas avós. Um ano com a italiana Concetta e no outro com a brasileiríssima, Maria. Cidades diferentes e hábitos diversos.

As crianças recebiam presentes simples e comia-se frutas secas. Ninguém falava em Papai Noel como se fala hoje. Ele era uma linda figura abstrata que servia para justificar as lembranças que os Pais presenteavam os pimpolhos. Os adultos bebiam vinho e conversavam. Os presentes eram abertos no dia 25 pela manhã.

O Pai de minha Mãe morreu em 26 de dezembro de 1959 e a partir daí a coisa ficou meio complicada e triste, mas com os anos, a dor diminuiu e o Natal voltou a brilhar. Aos poucos os avós foram se despedindo de nós e minha Mãe tornou-se a matriarca e competia a ela fazer a festa, a ceia e a decoradora da casa. Eu ajudava, até me casar.

Com a chegada da namorada do meu irmão e hoje, sua esposa há 35 anos, o Natal virou uma festança de roupas, presentes e muita farra. Deixou de ser aquela coisa intima e bonita para ser comercial e fútil. Alegre, todavia!

Fazia anos e mais anos que eu não apreciava o Natal. Sentia-me um peixe fora da água na festa que obrigatóriamente eu frequento. Desde que me casei meu Natal mudou. Meu marido não gostava de ir à casa de minha Mãe e sempre buscou me tirar de lá. Cedi, é claro!

Para mim, um sofrimento saber que os meus estavam juntos e eu, no meio de estranhos, com quem não tinha a menor ligação.

Os meus se despediram. Primeiro meu Pai e muitos anos depois, minha Mãe. Sobramos 3 irmãos sem muita liga por conta de fatos outros que não vem ao caso e estão, confusamente, contados no outro blog do Beagle, com link ali do lado.

Antes mesmo de minha Mãe ir-se eu me via no meio daqueles estranhos para comemorar o Papai Noel, já que, eles não tem a mais mínima religiosidade e nem ligam para o nascimento de Jesus.

O pior é que, na distribuição dos presentes eu via minha insignificância para eles. Cheguei a receber uma correntinha quebrada, que joguei na calçada, em frente ao prédio, tamanha a humilhação. Não me dessem nada!

Apesar disso, os anos foram passando, as encrencas para Natal e Ano Novo entre eles foram enormes e eu, de camarote, observando, sem dar palpite.

Minha toalha de Natal passou a ser requisitada, assim como meus préstimos culinários. Ora uma torta, ora o tender...

Nesse Natal eu resolvi não cozinhar. Sirvam-me, pensei comigo. Emprestei minha toalha, mais uma vez. Comprei uma torta numa doceira por aqui.

Preparei-me para receber um sabonete ou uma toalhinha de mão bordada, mas, de propósito, levei bons presentes. Sou humana e adoro provocar!

A surpresa maior veio do filho do meu marido que me presenteou com um livro. Por meio desse livro ele reconheceu que sou inteligente e bem informada. Ele mostrou que tem respeito pelo meu intelecto e algum carinho, já que se lembrou de mim. Por meio desse livro ele me demonstrou que não mais resiste à idéia de eu ter me casado com o Pai dele. Demonstrou que podemos conversar, o que acho ótimo!

Ele me presenteou com "Deu no New York Times" de Larry Rohter, Ed. Objetiva, que, por sinal, já comecei a ler.

A esposa me presenteou com outra correntinha de qualidade discutível, mas, desta vez, inteira. O que significa a correntinha? Tenho minha teoria, mas prefiro me calar.

Almocei com meu irmão no dia 25 e ele está muito frágil.

Como foi o Natal de quem o comemora?

Bjkª. Elza
segunda-feira, dezembro 22, 2008

PostHeaderIcon Li no UOL

22/12/2008 - 10h33
Cidade alemã 'proíbe Papai Noel'
Marcio DamascenoDe Berlim para a BBC Brasil
Uma pequena cidade no sul da Alemanha decidiu banir o Papai Noel da paisagem natalina. A câmara municipal de Fluorn-Winzeln, lugarejo com pouco mais de 3 mil habitantes localizado às margens da Floresta Negra, declarou a região uma "zona livre de Papai Noel".

Cidade da Alemanha decide criar uma "zona livre de Papai Noel"

O objetivo é prestigiar as tradições natalinas do país e São Nicolau
De acordo com o prefeito local, Bernhard Tjaden, o objetivo é preservar as tradições do Natal, segundo ele freqüentemente esquecidas nessa época do ano em favor do consumismo. A idéia é incentivar os cidadãos a substituir o "bom velhinho" pela figura histórica de São Nicolau. "O Papai Noel é um personagem artificial" argumenta Tjaden. "Ele não lembra em nada São Nicolau, que ajudava pessoas carentes e era um amigo das crianças", explica. CampanhaAs escolas e os comerciantes da região aderiram ao apelo, retirando as decorações com Papai Noel das vitrines e colando adesivos com um sinal de "proibido" em seus estabelecimentos. Cartazes com o rosto do personagem atravessado por uma faixa vermelha adornam não só o interior de lojas e repartições públicas, mas os avisos, que se parecem com uma placa de trânsito, foram pendurados também na fachada do prédio da prefeitura e até junto à sinalização que marca as entradas do município. Nas salas de aulas, professores ensinam às crianças o significado do Natal e contam histórias de São Nicolau, bispo de Mira no século IV, que serviu de inspiração para o ícone natalino. Os alunos são orientados a diferenciar o "original" da "cópia" e desenhos no quadro negro mostram as diferenças entre os trajes de ambos, destacando a mitra episcopal no lugar do gorro vermelho e o cajado substituindo o saco de presentes. A campanha "Zona livre de Papai Noel" foi criada por uma entidade assistencial ligada Confederação dos Bispos da Alemanha para resgatar São Nicolau como símbolo original das festas natalinas e combater o "consumismo" nas festas de fim de ano. A renda obtida na venda de cartazes, adesivos e outros produtos será destinada à entidades que prestam ajuda a crianças com doenças terminais. Esta é a primeira vez que a idéia é apoiada oficialmente pela administração de um município.


Engraçado ter lido essa noticia, pois, eu não fiz árvore de natal esse ano e meu papai noel que sempre fica numa poltrona está me incomodando.

Vou fazer um presépio esse ano, hoje, ainda.

Bjkª. Elza
domingo, dezembro 14, 2008

PostHeaderIcon Prato vazio


- Meninos, quase não chego! Eita chuva chata!


- Olhem lá, a Jussara e a Maria Rachel chegando ...


- Tudo bem, agora somos 6 mulheres e um homem.


- João vc é o mais velho dessa mesa, portanto comporte-se. Você já passou dos setenta...


- Meu Pai comportar-se? Ele é o mais moleque de todos, aqui. Está feliz da vida porque reuniu a familia.


- É muito importante estarmos juntos porque nossa familia está acabando. Ninguém encontra ninguém e não há comunicação entre nós. Temos o mesmo sangue, embora não o mesmo sobrenome.


- Sirva essa pizza e vamos pedir outra. Tá todo mundo com fome?


- Eu quero um chopp, bem gelado.


- Vou de coca-cola.


- Quero H2O de maçã.


- Convidei meu irmão para vir, mas ele ainda está em recuperação. Trincou uma costela.


- Agua mineral sem gas e sem gelo.


- Pizza? Ah ... de queijo é melhor. Pode ser margheritta.


- Prefiro calabresa.


- Não minha avó era irmã da mãe dele. O João é primo do meu Pai.


- Sou parente pelo lado do Pai dele. Meu Pai e seu Pai eram muito amigos e se corresponderam a vida inteira.


- Eu sei, li as cartas que ele guardou.


- Nossa, meu Pai guardava as cartas, também.


- Meu Pai era irmão do João e primo do seu Pai. Eu me lembro do meu Pai contando histórias do seu.


- Eu me lembro do meu Pai falando do seu, também. Minha Mãe já se despediu de nós.


- Pois eu dei o maior fora quando encontrei seu irmão no clube... eu não sabia e perguntei por ela ... fiquei tão passada quando ele me disse que já fazia mais de 3 anos ...


- Sua Mãe está viva?


- Ela mora em Brotas e passarei o Natal com ela. Lá é uma confusão danada. Junta todo mundo, inclusive os parentes dela para cear.


- Imagine que você já tem tudo isso de idade. Eu sou mais novo que você, então kakakakaka


- João, vi você lá na maternidade kakakakakaka de fraldinha e cueiros kakakakaka


- Quero outra água, por favor.


- Dessa pizza não quero, prefiro calabresa.


- Minha Mãe ainda mora na mesma casa e deixou as coisas do meu Pai intactas.


- O Olavo não se conformou até hoje com a despedida da Neusa. Está na casa do filho e não voltou para a dele. Está com mais de 80 anos!


- Ganhei R$ 400,00 no bingo! Para sustentar a greve os policiais receberam propina dos bingos e tem um monte deles funcionando. São clandestinos, mas tem policiamento kakakakaka


- Prima, sua Mãe não vem mesmo para São Paulo? Eu queria conversar mais com ela.


- Nossa familia tem muito câncer, é melhor você ir ao médico para conferir essa pinta aí.


- Pois eu vou contar que apareci com um grosseiro na pele no dia 6, e procurei hora no dermato e a recepcionista me disse que só teria para o dia 16. Implorei e ela arrumou um encaixe para mim e o Sergio me deu as amostras gratis para combater a alergia.


- Sergio? Qual Sergio? Não acredito!!!!!!!!!! Ele é meu dermato, tb!!!!!!!!!


- Vocês estão brincando? Como é possível? Numa cidade tão grande e vocês não se conheciam ...


- Tenho um comunicado para fazer e é coisa séria: foi descoberto um melanoma aqui, no meu braço. Fui operado, retirado material para biópsia e não precisarei nem fazzer quimio porque o gânglio sentinela estava limpo.

- Quero sorvete.
- Prefiro papaia com cassis.
- Tem torta holandesa?
- Outra água, por favor.
- João, vamos dividir essa conta? Deixe de ser antipático, somos muitas e ...
- Já sei, vamos marcar uma pizza e ele será nosso convidado. Hoje não adianta tentar demove-lo da idéia. Ele ganhou no bingo !
E por aí afora. Nós estivemos juntos das 20:30 às 24:00 horas. A conversa rolou solta.

Do grupo somente o João ainda é meu parente, tecnicamente. Ele estava acompanhado da filha, muito querida, Maria Alice.

As demais já são filhas de um irmão dele, já falecido e, portanto, duas das convivas eram filhas de outro primo do meu Pai. Delas, eu já conhecia uma, da outra pizza que comemos.

Duas delas nem isso. São parentes do João mas não do meu Pai. Uma delas eu já conhecia desde os tempos que eu frequentava o mesmo clube que ela, mas jamais tive amizade. O Pai dela era amigo do meu Pai e ambos se corresponderam a vida inteira. A outra, conheci naquela noite e nem sei qual o parentesco dela com o João.

Apesar do comunicado que o João fez a respeito do melanoma que foi retirado do braço dele no mês de outubro, a noite foi de muita alegria e ele fez questão de pagar a conta com o dinheiro que recebeu no bingo.

Já decidimos nos reunir em janeiro e o João será nosso convidado.

Em azul, coisas que eu disse.
Em vermelho, o João disse.

Bjkª. Elza
quinta-feira, dezembro 11, 2008

PostHeaderIcon Pizza


- Elza Maria, você quer comer uma pizza comigo e com a Maria?


Fiquei em transe.
Quem me chama pelo meu nome duplo e que poucas pessoas conhecem? Meus irmãos usam Mana. Essa não é a voz do Tio Predileto e nem dos primos mais próximos.


De quem é essa voz morna e macia, com leve acento caipira?


Maria? E eu sei quem é Maria?


- Aposto que você não está reconhecendo minha voz.


De fato, não estava. Pedi que falasse mais um pouco para reavivar a memória e o engraçadinho repetiu a última fala. Em nada me ajudou, é claro.


- Elza Maria, aqui é o João!


Agora, sim! João, primo de meu Pai e que adotei como amigo querido. Maria é a filha dele que detesta ser chamada só pelo primeiro nome. Ela é Maria Alice, muito especial, diga-se de passagem.


- Quero que você conheça as filhas do meu irmão, amanhã, na mesma pizzaria da última vez, lá pelas 19:30h. Olhe, eu confirmo, tá bom?


Já me animei, pois, marido está fora e eu muito só. Chamei meu irmão para conhecer as filhas do primo do papai, mas ele não pode ir. Ainda está com dores por causa da costela fraturada e se cansa à toa.


- Elza Maria, então está confirmado, amanhã, depois das 20h por causa do rodizio, tá bom? Por que só você irá? Cadê o marido? De novo em Belo Horizonte? Puxa vida, você fica muito sozinha!


Hoje comerei pizza com parentes distantes e estou toda feliz.


Bjkª. Elza
segunda-feira, dezembro 08, 2008

PostHeaderIcon SOS animais


Ficou pequena a imagem e não sei como aumentar para leitura dos dizeres, então, resolvi resumir:
Luisa Mell, apresentadora de programa televisivo dedicado a animais está encabeçando campanha de donativos para comida e medicamentos destinados aos bichos que se perderam de seus donos por causa da catastrofe que abateu Santa Catarina.
Ela fez parceria com a rede Pet Shop Marginal que tem diversas lojas onde as doações poderão ser entregues: Marginal do Tietê, Alphaville, Ipiranga e nas cidades de Mogo das Cruzes, São Bernardo do Campo e Campinas. Os endereços estão no cartaz, mas tão miudinhos ... quem quiser, me diga, que eu tenho o cartaz em ponto maior e posso transmitir o endereço solicitado.
Os animais estão sofrendo o abandono, doenças e fome, pois, como todos sabemos, os domésticos tem dificuldade de sobreviver sem seus parceiros humanos.
Esse é o recado de hoje.
Bjkª. Elza
quinta-feira, dezembro 04, 2008

PostHeaderIcon Está tenso? Descanse, ora!















- Você não imagina o que eu fiz hoje, me disse a amiga cachorreira, ao telefone.
- Nem imagino, mia fia. Conte.
A linha do celular caiu naquele minuto. Fiquei sem sinal porque estava dentro do shopping, embaixo de muitas toneladas de concreto. Na hora fiquei curiosa, mas acabei esquecendo, pois, andei por lá com o marido por muito tempo.
Muitas horas depois:
- Conte, agora, onde vc andou e o que fez.
- Fui para aquele motel perto da Justiça, sozinha.


A primeira vez que ouvi história semelhante foi por um amigo e cliente, muitos anos atras. Ele estava muito cansado, cheio de tudo e de todos, enfrentando todo tipo de problemas, inclusive familiares.

- Elzinha, eu comi um sanduiche na cama e deixei cair migalhas por todos os lados. Bebi uma cerveja e deixei o copo no chão e a lata suada sobre a mesa de madeira. Deitei de sapato. Tomei banho de banheira e cantei feito um louco, espalhei água pelo banheiro inteirinho. Fumei no quarto com a janela fechada. Larguei a toalha molhada sobre o colchão. Liguei a TV num programa de esportes e deixei o som bem alto. Andei pelado pelo quarto e depois dormi como um anjo! Sai de lá novinho em folha. Deixei todas as restrições que enfrento em casa limpas! Todas as tensões e preocupações ficaram na água que usei. Eu me soltei. Entrei e saí sozinho e os recepcionistas não entenderam nada.

Eu quase morri de tanto rir com a ênfase que ele dava a cada palavra. Cheguei a pensar em fazer o mesmo para sentir o prazer de não ter restrições além das paredes que me rodeariam. Ficou na vontade.

- A recepcionista me perguntou se eu estava esperando alguém. Disse que tirara o dia para relaxar e descansar, sozinha. Pedi desconto. Ela me deu 20%.

Enquanto eu ria, ela continuou:
- Menina, eu peguei os sais de banho e a espuma, joguei na banheira e liguei a hidromassagem. Fez mais de 30 centímetros de espuma e eu fiquei lá, lutando para respirar e não deixar que entrasse nos meus olhos. Controlei o tempo para não ter queda de pressão. Usei aquela água quente e forte nos pontos de dor das costas. Valeu como massagem !!! Espalhei água pelo banheiro inteirinho e até me preocupei de ela escorrer pelo quarto. Deitei na cama e liguei a TV para desligar em seguida e ouvir o silêncio. Que coisa boa! Não tive minha mãe e meu filho me chamando e me pedindo coisas. Não tive que resolver questões com o pedreiro e nem com a empregada. Desliguei os celulares depois de avisar meu chefe que eu estava com sinusite e que iria ao médico. Descansada, sem barulhos, num lugar limpo e bonito, eu me deitei e dormi. Fazia muito tempo que eu não dormia em paz, sem medicamentos e tranquila. Estou renovada!

Taí a sugestão para descansar e encontrar algumas horas de bom sono.

Bjkª. Elza
sábado, novembro 29, 2008

PostHeaderIcon Outras emoções

Por qualquer razão que desconheço o passado está voltando para o presente.

Reencontro com minhas amigas de infância parecia-me o ápice da recuperação de sentimentos e pensamentos, mas me enganei.

As recordações foram aflorando com o passar dos dias e outras pessoas do passado foram visitadas por meio das páginas do Orkut e nem sempre com retorno. Apesar disso, as fotos antigas foram retiradas dos baus e as imagens da adolescência resgatadas. Os sons de Neil Sedaka, Pat Boone, The Beatles e outros começaram a aparecer e muita risada despertou. Puro saudosismo.

O som do sino sempre nos acompanhou. Nós falávamos no sino da escola, tocado pelo Seu Marino a cada término e começo de aula dia após dia. Quando outra pessoa o tocava nós sabíamos a diferença. Sabíamos quando era o Mariano porque ele dava uma badalada a mais no final. De vez em quando um aluno não resistia à tentação e dava sua badalada naquele que deveria ser respeitado por nós. Ele, o sino, era do Seu Marino, o chefe da portaria da escola. Era único. Todas as escolas usam campainhas para separar as aulas. Lá, tinhamos o sino.

Meu irmão ouvia o sino das 7:45h e saía de casa correndo para entrar em aula às 7:50h, porque morávamos ao lado da escola. Entre cada aula duas badaladas com diferença de menos de 5 minutos. Ele marcava o final da jornada.

Era ele quem anunciava as provas, as horas vagas, as aulas de ginástica com Dona Ana; as aulas de canto como Maestro Callia e por aí afora. Ele quem silenciou quando nosso Diretor morreu.

O colégio busca seus ex-alunos porque completará 100 anos em 2011 e nos quer por perto. Juntamente com a associação dos ex-alunos promoveu confraternização por meio de churrasco, hoje.

Mesmo após minha saída dessa escola, pelo menos de 2 em 2 anos lá eu volto, para votar. Não ando por lá. Não visito classes e vejo aquele espaço desfigurado pela presença de estranhos andando pelos corredores, atravez das janelas.

Hoje, depois de 40 anos eu entrei naquele espaço como ex-aluna. Andei pelos corredores ainda iguais, limpos, espaçosos e tão familiares; desci aqueles degraus pequenos e baixinhos que levam ao pateo, enorme e belo. Mais belo porque foi criado lá no meio um canteiro com árvores e flores. Corri os olhos por todas as janelas como se conversasse com elas e me senti adolescente outra vez. O sino não estava lá. Talvez tenha sido retirado para evitar-se brincadeiras com ele, não sei.

Alguém teve o cuidado de gravar as badaladas do Seu Marino e soltou a gravação de surpresa, sem aviso e sem piedade.

Chorei de emoção naquela hora como estou chorando agora. Nunca pensara que aquele som pudesse despertar emoções tão fundas e belas.

Para completar, veio o Hino da escola. Já não sei a letra inteira, mas alguns pedaços eu cantei. Chorei, de novo.

Bjkª. Elza
sexta-feira, novembro 28, 2008

PostHeaderIcon Socorro aos necessitados





A Associação dos Advogados de São Paulo abriu espaços para recebimento de donativos para os catarineneses que estão em situação desesperadora. No anuncio ao lado também estão as contas bancárias que recebem doações. Cada um cede um pouco de si e Santa Catarina voltará a brilhar.

Recebi esse selino da miha amiga Rosamaria, cujo link está aí ao lado.

Obrigada, amiga. Estou muito orgulhosa dele.






Bjkª. Elza

terça-feira, novembro 25, 2008

PostHeaderIcon TVA outra vez

Alguém quer saber qual é um dos piores atendimentos eletrônicos em Sampa?



É da TVA, certamente. Só perde para a Telefonica.


Nós compramos um novo aparelho de TV, desses modernos, cheios de letrinhas na especificação técnica. Nós pensávamos que esse aparelho era para transmissão digital, mas, quando fizemos contato com a TVA descobrimos que era TV de alta definição.


Na operadora nós temos um código de assinante que não é mais usado. Agora, para dificultar os atendentes querem o nº do telefone da assinatura e o CPF do titular ... Moro em condominio e não sei o nº do telefone e nem o CPF do marido... Apesar disso, consegui passar por diversas saias justas!


Aprendi, depois de passar por inúmeras atendentes que só sabem ler o manual, que são 3 sistemas de transmissão: analógico, digital e HD. Cada um tem um decodificador diferente e, cada um tem "pacotes" diferentes de canais. Claro que os preços são diferentes ...


Outra atendente lia para mim o manual, como se eu soubesse a respeito do que ela estava falando, e me perguntava se eu queria o pacote cheio ou não ... Como eu posso saber se o "pacote é cheio???" dizia eu... Fiquei com meu pacote cheio, isso sim, pois ela queria que eu dissesse os nomes dos canais do meu "pacote original"...


Outra atendente fez tamanha confusão com os preços que nossa conta, nesse primeiro mês ficaria em mais de R$ 400,00!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


Esses diversos contados sempe permeados pelo indefectível:

- Senhora Elza, obrigada por aguardar ...


Cansei e deixei que meu marido resolvesse o problema, pois, quando estou irritada ele dá uma de bonzinho e fala com paciência e educação com esses atendentes mau treinados.


Meu marido fechou pacote com a TVA igual ao que tinhamos na TV analógica e solicitou o aparelho HD, o que me fora negado anteriormente sob as mais variadas desculpas.


Ele soube que para instalação do HD é cobrada taxa de R$ 49,90 para 50 cm de cabo.

- Que venha o cabo, disse ele.


A operação foi marcada para sábado de manhã.


O instalador chegou aqui com o aparelho digital, sem cabo HD e na maior cara de pau começou a transformação de nossa TV. Quando meu marido percebeu o erro ficou bravo, disse que ia chamar a polícia e daí para baixo... aos gritos ... O funcionário foi buscar o aparelho HD e não trouxe o cabo. Disse que na 2ª feira tudo seria normalizado, inclusive os canais de filmes que foram cortados.


Ontem à noite eu liguei mais de 10 vezes para a TVA para ser atendida.

Um atendente me jogou para o outro que me jogou para terceiro que me deu outro número de telefone que não atendia... Comecei de novo e um me jogou para outro que desligou na minha cara ... Uma atendente me deixou mais de 15 minutos na espera ouvindo anuncios ...


Foi assim das 20:30h até às 22:30h quando perdi as estribeiras e comecei a gritar. Eu queria falar com o gerente, com o superintendente, com o presidente essa droga de empresa... Gritei que não acreditava que essa droga de empresa fosse do mesmo grupo da Folha de São Paulo ... Invoquei o estatuto do idoso e os pagamentos corretamente efetuados... Chorei de raiva por precisar fazer esse escândalo para conseguir o que me é de direito porque o erro foi do atendente ... Implorei atenção porque a conta do telefone quem estava pagando era eu por erro do atendente que não anotou o pedido formulado pelo meu marido ...


Gritei tanto que fiquei rouca e consegui regularizar os canais de filmes injustamente cortados e obtive a promessa se instação do tal cabo amanhã, no horário comercial. O preço acabou acertado e ficou mais barato do que o valor apresentado ao meu marido e não sei o motivo. Os canais de filmes foram liberados na hora, durante o telefonema.


Por que o consumidor tem que passar por esse estres? Quem ganha com isso?


No passado, quando a TVA era a cabo, passados eles no meu prédio, outros não poderiam entrar por falta de espaço. Não sei qual é a tecnologia de hoje, mas sei que a net é a mesma droga, portanto, trocar de operadora e trocar de cheiro, como telefones celulares...


A conta é paga religiosamente, mas por que tenho que passar por esse sufoco, por esse desespero? Por que tenho que resolver na base do grito?


Adianta eu ir ao Procom e denunciar esse abuso? Adianta eu mover ação e pedir indenização por danos morais? Adianta eu contar essa vivência no blog?



Sem bjkª porque estou brava. Elza
sábado, novembro 22, 2008

PostHeaderIcon Selinho






Ganhei da Lys e repasso para a Celia Kith, Menina Mulher e Tetê.
Obrigada pelo carinho.
Bjkªs. Elza
terça-feira, novembro 18, 2008

PostHeaderIcon Direitos e deveres

Todos nós temos direitos e devemos fazer que sejam respeitados. Devemos lutar por eles e eles precisam prevalecer, desde que não sejam contrários ao bem comum, ou que firam a ética, os costumes.

Isso significa que nem sempre o que desejamos é o que podemos ter. Muitas vezes desejamos algo que se choca com o bem comum, ou seja, com o direito de todos.

Além disso, para cada direito que temos, existe um dever correspondente.

Todos nós temos deveres que são muito mais importantes que nossos direitos, pois, se cumpridos, trarão paz social.

Estou apenas divagando sobre o tema. Não tenho nada de especial para dizer a não ser que, sem respeito ao próximo, sem respeito às leis, sem observância do que foi estatuido não tem sociedade de aguente.

Sociedade desde aquela no sentido mais amplo que se possa imaginar, até a simples, composta de duas pessoas sob o mesmo teto. Um respeita o outro e ambos vivem felizes? Não é bem assim, pois, felicidade não existe e respeito não é garantia de harmonia, mas ajuda.

Respeito é fundamental em todas as relações humanas, pois, demonstra não somente o grau de compreensão entre os viventes, mas a educação, a sofisticação de sentimentos, a humildade e o carinho pelo outro. Só quem tem carinho sabe respeitar e esse é o inicio do tão falado "amor". Para respeitar o outro não e preciso sofisticação intelectual ou formação acadêmica, não. Para respeitar o outro basta se respeitar e aceitar que o outro tem falhas, acertos, sentimentos, virtudes e defeitos, medos e por ai afora.

Para respeitar o outro basta não exigir dele aquilo que não se é.

Bjkª. Elza
sábado, novembro 15, 2008

PostHeaderIcon Comer comer

- Quer que eu faça carne assada para vc levar? Traga, então um lagarto pequeno, com 1 quilo, no máximo, disse eu a meu marido que passaria a semana em BH.

- Marido, esse lagarto não ficará bom. É parte de uma peça grande ... Farei o que puder, mas essa carne é dura demais, comentei assim que ele chegou com a compra.

- Você corta as cebolas? Bem fininhas, certo? Em rodelas.

E meu marido cozinheiro ficou lá na cozinha chorando as pitangas e cortando cebolas. Exagerou na quantidade e quando vi, já estavam refogadas com a carne dentro.

- Eu ia fazer de outro jeito essa carne, falei sem graça.

Eu ia cozinha-la no vinagre, na pressão, por muito tempo, em fogo brando para ver se amaciava e depois a colocaria na metade da cebola que ele cortou.

O que está feito está feito e tentei salvar a tal da carne, mas não teve reza que a deixasse macia. Ele foi para BH e deixou a pedra comigo. MInha fiel escudeira e eu, mais do que depressa a metemos no processador. Virou menos que carne moida. Pensei que ela poderia servir para molho de macarrão e guardei no freezer.

- Bemmmmmmmmm, tou chegando com fome.

Lembrei da sopa de beringela que a Meire me ensinara no mural do amigo secreto e tratei de improvisar. A beringela com pimentões e cebolas já estava pronta e muito gostosa. Bati tudinho do liquidificador. Cozinhei 2 batatas e acrescentei ao creme. Coloquei numa panela com um pouco daquela carne e servi com torradas e enfeitada com cheiro verde. Ele adorou.

Sobrou carne e hoje, ele inventou sanduiche com ela: pão de forma, carne, queijo Santa Marta, alface e tomate. Uma delicia, mas estou sentindo o gosto da cebola na minha boca. Iéquete!

Além desse gosto amargo que não consegui tirar ao escovar os dentes, meu estômago está reclamando. Se eu tivesse leite de magnésia em casa tomaria uma colher, mas não tenho e não sairei agora. Veremos o que acontecerá.

Bjkª. Elza
segunda-feira, novembro 10, 2008

PostHeaderIcon Palestra de Brian Dyson (ex-presidente da Coca-Cola Co.)

'Imagine a vida como um jogo, no qual você faz malabarismo com cinco bolas que são
lançadas no ar...

Essas bolas são: o trabalho, a família, a saúde, os amigos e o espírito.

O trabalho é a única bola de borracha. Se cair, bate no chão e pula para cima.
Mas as quatro outras são de vidro. Se caírem no chão, quebrarão e ficarão
permanentemente danificadas.

Entendam isso e assim conseguirão o equilíbrio na vida'.

Como?

Não diminua seu próprio valor comparando-se com outras pessoas.
Somos todos diferentes. Cada um de nós é um ser especial.
Não fixe seus objetivos com base no que os outros acham importante.
Só você tem condições de escolher o que é melhor para si próprio.
Dê valor e respeite as coisas mais queridas de seu coração.
Apegue-se a elas como a própria vida. Sem elas a vida carece de sentido.
Não deixe que a vida escorra entre os dedos por viver no passado ou no futuro.
Se viver um dia de cada vez, viverá todos os dias de sua vida.
Não desista enquanto ainda é capaz de um esforço a mais.
Nada termina até o momento em que se deixa de tentar.
Não tema admitir que não é perfeito.
Não tema enfrentar riscos. É correndo riscos que aprendemos a ser valentes.
Não exclua o amor de sua vida dizendo que não se pode encontrá-lo.
A melhor forma de receber amor é dá-lo.
A forma mais rápida de ficar sem amor é apegar-se demasiado a si próprio.
A melhor forma de manter o amor é dar-lhe asas.
Corra atrás de seu amor, ainda dá tempo!
Não corra tanto pela vida a ponto de esquecer onde esteve e para onde vai.
Não tenha medo de aprender. O conhecimento é leve.
É um tesouro que se carrega facilmente.
Não use imprudentemente o tempo ou as palavras. Não se pode recuperar uma palavra dita.
A vida não é uma corrida, mas sim uma viagem que deve ser desfrutada a cada passo.
Lembre-se:
Ontem é história.
Amanhã é mistério e
HOJE é uma dádiva. Por isso se chama 'presente'.


Se você quiser, passe este recado para as pessoas que
são importantes para você, porque segundo Brian sugeriu: 'apegue-se
às coisas que são queridas ao seu coração (entre elas os
amigos). Sem elas a vida carece de sentido'.
sexta-feira, novembro 07, 2008

PostHeaderIcon Preconceito

Fui contratada para defender os interesses de uma pequena metalurgica.
Elaborei defesa e juntei os documentos necessários.
Fui para a audiência, ontem às 13h40min no Forum Rui Barbosa, lá na Barra Funda.

As partes foram apregoadas com alguns minutos de antecedência.
Minha cliente e eu nos aproximamos da mesa. Sou muito polida e sempre peço licençapara me aproximar e me sentar.
Mais do que depressa e com muita gentileza o Juiz nos convidou a tomar nossos postos.
Conversei bastante com ele e com o digitador sobre carteira da OAB e comprovação do exercicio profissional. Conversa amena para preencher o tempo.

- Excelência, estou vendendo pelo peso e pelo preço que comprei a história que vou contar, disse eu.

Contei de uma advogada que destratou uma Juíza e lhe exigiu a apresentação da carteira de magistrado e acabou saindo da sala acompanhada de dois seguranças e com oficio à OAB para ser apurado o comportamento inconveniente.

O advogado do Autor chegou enquanto eu falava. Mal ajambrado, cabelos revoltos, foi sentando sem cumprimentar o Magistrado e disse:

- Pois eu presenciei um colega exigir a apresentação da carteira do juiz e o tal não era juiz coisa alguma. Saiu fugido!

O cliente dele não compareceu. Ausente o autor o processo vai para o arquivo, mas ele pode renovar a ação. É a lei! O Juiz, muito ponderado me perguntou se eu faria alguma proposta de acordo para evitar a renovação do processo. Fiz proposta apenas para agradar ao Juiz. O advogado nem respondeu. Era irrisória, de fato. Expliquei ao advogado porque fizera aquela proposta tão ínfima e minha cliente só faltou pular no meu pescoço e me dar um beijo estalado nas bochechas porque percebeu que o outro ficara acuado.

Por tratar-se de questão técnica, não deixarei qualquer esclarecimento, tá?

Como não houve acordo o Juiz ofereceu os documentos que estavam no processo para o advogado que não os queria. Disse que compareceria noutra data para buscá-los. O Juiz insistiu para o advogado levar os papéis já que possivelmente precisaria deles para mover outra ação e, finalmente conseguiu seu intento.

Pensei que a audência fosse ser encerrada ali, quando aconteceu o seguinte:

- Nordestino é assim mesmo! Comparece no escritório e pede para movermos ação. Vão para a terrinha e se esquecem de voltar. Disse o advogado do Autor.

- Doutor, isso é preconceito. Não é por ser nordestino ... tentou dizer o Juiz

- Advogo há 30 anos e estou acostumado a lidar com essa laia. Nordestino é assim mesmo, irresponsável e folgado. Depois que o processo vai apra o arquivo voltam chorando no escritório ...

- Doutor, o senhor está sendo preconceituoso e está me ofendendo. Eu sou nordestino e não sou irresponsável e nem folgado, retrucou o Juiz com sotaque que até então eu não notara.

A ata da audiência foi entregue e assinamos antes do tal advogado que, para finalizar a gafe diz:

- Doutor, o senhor é cearense?

Sai mais do que depressa da sala e não ouvi a resposta.

Nortista, nordestino, sulista, palmeirense, branco, negro ou oriental, gay, alto ou baixo não define o carater de ninguém; não indica a responsabilidade, a inteligência ou a dedicação da pessoa à vida. As palavras desse incauto advogado foram um choque para todos os que estavam na sala e tenho certeza que o juiz não era nordestino coisa alguma, mas aproveitou a situação e deixou o outro constrangido.

Todos temos que medir e repensar nossos preconceitos, pois, todos nós temos algum, de alguma forma.

Bjkª. Elza
quarta-feira, novembro 05, 2008

PostHeaderIcon Estou sem assunto



Depois dos transtornos que tive ainda não estou totalmente recuperada, muito embora já possa conviver com pessoas que me conhecem e me estimam. Desconhecidos não são aconselháveis pois, continuo carente e chorona.

O blog anda um tanto abandonado porque não quero ficar chorando as pitangas e nem falando de coisas que já me magoaram, mas não posso deixar as moscas tomarem conta dele.

Assim, resolvi contar que tenho uma caçadora de moscas implacável aqui em casa. Ela fica mirando e estudando os movimentos de moscas, bichinhos de luz, abelhas ou qualquer um que se mova no ar. Quando menos se espera ela dá o bote e pega o bichinho e se põe a torturá-lo.

Acho que ela gosta de abelhas, porque tira uma asa e depois a outra. Dá patada para a coitada voar e depois a pega e empurra e por aí vai. Fica um tempão brincando com suas vítimas e eu me canso. Acho que ela devora a vítima depois de toda a brincadeira.

Claro que estou falando da gata frajola mais linda e meiga que conheço e que se deita no meu colo depois de me amassar bastante. Claro que estou falando dessa belezinha de olhos amarelos e pinta na ponta do nariz que a Barbara me deu. Daquela bonitinha que fica aqui do meu lado e coloca o queixinho sobre minha mão que está no mouse. Aquela que vai se deitar nos meus pés e que durante a noite anda por cima do meu corpo. Sim, aquela que mia para eu abrir a torneira da pia para ela tomar água corrente e que me diz que está com fome. Ela me pede para abrir a janela da área de serviço para ela admirar o movimento.
Claro que estou falando da Thelma Louise, minha gatinha querida e que noutro dia descobri que é uma gata de tamanho medio. Eu não sou "gatóloga" e sempre a achei pequenina...

Bjkª. Elza
sexta-feira, outubro 31, 2008

PostHeaderIcon Saci Pererê
















Hoje é o dia do Saci em São Paulo Capital e Estado.
Ele faz parte do folclore brasileiro e é citado e conhecido em nosso País de norte a sul e de leste a oeste. Em todas as regiões ele aparece e tem características diversas. Ora jovem, alegre e irreverente; ora velho, maldoso e feio, como é visto por poucos. Varia conforme a região.
Aqui em São Paulo ele é conhecido como um menino negro, de pito de barro na boca, gorro vermelho na cabeça e malandro, arteiro,mas sem maldade, como o via Monteiro Lobato.
Ao que se saiba o saci nasceu indígena, no sul do Brasil, perto da fronteira com o Paraguai, Logo, não era negro, mas de cor escura. Tornou-se negro e com o pito na boca com a chegada dos escravos e ganhou o gorro vermelho depois da vinda dos imigrantes.
Assim, o saci é nada mais nada menos do que o resumo da mestiçagem brasileira. Ele sintetiza a miscigenação, pois, mudou de cor, aprendeu capoeira e a domina; tem jogo de cintura para sair das situações; apronta suas artes e escapa ileso para rir dos outros e do resultado de suas travessuras. É debochado, cômico e protagonista de variadas façanhas. É libertário e protetor das florestas e do meio ambiente.
Em outras palavras, ele é o retrato do brasileiro que não assume suas responsabilidades, brinca com tudo e não leva nada a sério; acha que pode se divertir às custas de tudo e de todos; é lascivo, promíscuo e interesseiro. Não assume posições e não defende o que lhe pertence. Quer levar vantagem sempre.
Qual é o maior inimigo do saci?
É aquele que aceita o que vem de fora como melhor do que o que tem aqui dentro. Aquele que não acredita nas potencialidades e conhecimentos e descobertas ocorridas dentro desse território nacional. É aquele que entrega sua identidade para outros povos e abraça festas e personagens estranhos à cultura pátria. Aquele que não respeita os limites e desmata e corroi o meio ambiente.
É aquele que esquece que tem folclore pátrio rico e adota folclore importado.
Hoje é dia do saci, ou seja, é nosso dia. Dia do brasileiro que já foi Macunaíma.
Nós com nossa irreverência e falta de preconceitos deveríamos eleger o saci como nosso símbolo maior por tratar-se de figura espelhada.

Em tempo: li a reportagem publicada pelo UOL com entrevista dada por Vladimir Sacchetta, que fez campanha e aprovou o dia do saci em São Paulo e interpretei o que ele disse. Interpretação livre, mesclada com meu ponto de vista pessoal.

Mérito a Vladimir Sacchetta.

Bjkª. Elza
quarta-feira, outubro 29, 2008

PostHeaderIcon Sou abençoada

Dias dificeis eu estou enfrentando.
Triste.
Encolhida no meu canto.
Calada.
Doendo.

Uma amiga enviou e.mail com mensagem provocativa.
O pensamento foi longe. Valeu pela lição.

Outra amiga, esta, de infância, formulou um floral.
Milagre. A dor desapareeu como por encanto após duas doses.
A voz tomou forma. Os olhos voltaram a enxergar. O olhar continua baço e sombrio.

Uma correspondente de blog conseguiu extrair o sumo da angústia, via msn.
Lágrimas rolaram, primeiro de dor. Depois, de alivio.
Ela conseguiu despertar dois projetos arquivados.
Rumo bom para uma vida, não?

As mudanças não foram sutis e ocorreram em tempo curto, em menos de 24 horas.
Parece que o mundo volta a orbitar na rota certa.
Decisões precisam ser tomadas, sem dor, sem desespero, sem medo.
Estou viva.

Obrigada, minhas queridas Marilza, Tina e Anny, meus tesouros de amigas.

Bjkª. Elza
quinta-feira, outubro 23, 2008

PostHeaderIcon Um caminhão

atropelou minha alma.
Ela está tentando se recuperar.
Enquanto isso, não tem postagens.
Bjkª. Elza
terça-feira, outubro 21, 2008

PostHeaderIcon Vida vivida


Época de eleições me faz sentir sentimentos que não quero compartilhar com minguém, pois, muito feios e baixos e que me envergonham em algumas ocasiões. De modo geral, um sentimento de nojo e repulsa ao que é exposto nas campanhas. Algumas vezes, sentimento de dó ante algumas proposições; riso, diante de outras; constrangimento perante outras, ainda. O sentimento mais constante é o de vergonha. Vergonha por saber que há mentira, manipulação de dados, inversão de prioridades, mentiras deslavadas por todos aqueles que almejam o poder.
Almejam chegar ao poder para quê, mesmo?
Voto porque sou obrigada e confesso, não tenho partido, não tenho convicção política, não tenho bandeira a defender e não acredito nas boas intenções de nenhum dos candidatos.
Para ser honesta comigo mesma, eu diria que sou anarquista e que adoraria tentar viver no anarquismo puro, apesar de o ser humano não ser confiável.
Sem bjkª por causa do meu humor. Elza
terça-feira, outubro 14, 2008

PostHeaderIcon Macarronada

Aqui perto de casa tem uma rotisserie chamada "La vera pasta" que produz macarrão de primeiro mundo. Compramos a massa lá. Acabei de esquecer o nome da dita cuja, mas não tão fina como o spaghette e nem tão larga como o papadele. Tagliarin, lembrei!

Fomos à feira e meu marido se esmerou. Comprou lula e mandou tirar a pela e cortar em rodelas; camarão de bom tamanho, peixe e mariscos.

Para evitar trabalho ele usou caldo de camarão pronto e tomate pelado.

Não o vi fazer o molho, mas sei que ele flambou com uisque.

Éramos 8 pessoas adultas à mesa.Comemos e repetimos. Conversavamos sobre os mais variados assuntos e sem tensão no ar. Ninguém competindo com ninguém. Todos em harmonia e alegres.

Logo após o almoço os jovens foram saindo e nós 4 ficamos conversando e falando das coisas da nossa vida, sem pressa. Ficou estabelecido que iremos para a casa de campo dos amigos para um final de semana e faremos outra rodada de comidinhas gostosas e jogaremos conversa fora e beberemos mais vinho.

O mais engraçado é que ela e eu fomos colegas de escola e nos reencontramos faz pouquissimo tempo. Nossos maridos se conheceram faz pouquíssimo tempo e ambos se gostaram de início.

Os maridos conseguiram se entender apesar dos temperamentos difíceis, o que facilitou a formação do quarteto.

Os filhos deles me disseram que nos adoram porque somos pessoas "normais"enquanto que os amigos dos pais são todos psiquiatras ou psicólogos ou psicanalistas. Ri muito com essa conversa.

Enfim, o almoço foi delicioso; a companhia perfeita e a comida, muito boa.

Na 2ª feira fui até o litoral norte, em São Sebastião para audiência e outros assuntos, mas não comi peixe kakakakaak

Bjkª. Elza
domingo, outubro 12, 2008

PostHeaderIcon Domingo

deveria ser dia de descanso, do "dolce far niente", de comer macarronada em restaurante e dormir à tarde o sono dos justos, depois, às 18 ir à missa e ouvir um pouco da palavra divina.

Para mim, hoje, nada disso!

Levantei cedinho, limpei o banheiro dos bichos, saí com o Baltazar, fui ao supermercado e à feira.

Dei um "tapa" nas unhas das mãos porque não tive tempo para arruma-las durante a semana e estou de saída para a casa da Miriam, minha amiga de adolescência.

Maridão e eu vamos cozinhar o macarrão com frutos do mar.

Estou feliz da vida com esse reencontro e mais feliz, ainda, por cozinhar para ela e seu povo.

Depois eu conto a a ventura de cozinhar em cozinha alheia, para 7 pessoas, no mínimo. Aposto que todo mundo pensou que eu estava reclamando kakakaka

Bjkª. Elza
quinta-feira, outubro 09, 2008

PostHeaderIcon Gatinho

Olhe ai do lado, perto da lista de posts antigos, do relógio, sei lá, por aí, do lado direito.
Viu um gatinho preto? Passe o mouse sobre ele.
Lindo, né?
Ganhei da Barbara, mas não posso indicar o link pois, o blog dela tem senha.
Adorei meu presente.

BARBARA, OBRIGADA!!!!!!!!!!!!!

Bjkªs. Elza
terça-feira, outubro 07, 2008

PostHeaderIcon Outubro



quase final do ano. Primavera chegou, mas o frio não foi embora.


Tanta coisa para ser feita e a falta de vontade está emperrando tudo.


Queria ficar sozinha numa praia, mesmo com esse tempo feio; sentar nas pedras e observar a espuma que se forma por causa do impacto da água; ficar lá e ouvir a voz do oceano; sentir a força das ondas; molhar os pés e andar descalça pela praia devagar ou depressa, não sei; catar conchinhas, talvez; o vento batendo no meu rosto e despenteando meus cabelos curtos...


Permenecer o quanto me agradar e o quanto me for preciso, sem tempo de volta, sem celular, sem internet, sem obrigações ou compromissos, sem cobranças ...


- Bom dia, vou para a praia.

- Bom dia, quero um peixe na brasa com batatas fritas.

- Boa tarde, um cafezinho, por favor.

- Boa noite, um beirute e um suco de laranja.


Para que mais palavras?


Um mergulho para dentro de mim mesma, sem escafandros, sem pés de pato, sem máscaras...


Morreria de saudade dos meus bichos! Bjkª. Elza
domingo, outubro 05, 2008

PostHeaderIcon Ganhei!!!!!!!!!!!!!

Tetê, obrigada pelo destaque.
Bjkª. Elza













Felina, obrigada pelo destaque.
Bjkª. Elza












Bjkª da Elza
sexta-feira, outubro 03, 2008

PostHeaderIcon TPM masculina

- Assim não dá! Já falei que vou embora de casa com meus filhos! Ele que vá gritar com a Mãe dele, com as irmãs, com as tias, mas comigo, nunca mais! Não fui criada assim!!! Por que tenho que suportar alguém que não sabe falar?

- Xiiiiiiiii, isso passa. Seja compreensiva.

- Compreensiva? Quem aguenta um homem de tpm? Grita por qualquer coisa, soca os móveis... Olhe, não admito que fale comigo no tom que ele falou. Tá cansado? Tire férias, mas não descarregue sobre minhas costas.

- Ele está estressado. Trabalha muito ...

- Que se dane! Eu também trabalho muito e cuido da casa, da empregada, do automóvel, da conta bancária; educo os filhos, visito a mãe dele ...

- Olhe, quando o meu levanta a voz para mim eu passo a conversar com o cachorro. Ele fica doido!

- Eu não! Quando ele levanta a voz me faço de surda e olho para ele como se fosse uma porta.Ele já ligou várias vezes para minha irmã para dizer que eu não tenho sangue nas veias.

- Primeiro eu derrubo a tromba, depois eu o ignoro e se não surtir efeito, eu berro mais do que ele.

- E o meu que veio de casa até aqui falando o tempo todo nos erros que o eletricista cometeu no conserto do carro!


- Já vi esse filme kakakaka o pior é que eles falam de um modo que parece que o erro foi cometido por nós e não pelo profissional que ele escolheu!

- Prá que escolher tanto? Prá que se eles são todos iguais? Só sabem falar aos berros, só sabem criticar e nos tiram o chão na hora do aperto! Ele tem falado comigo como se eu fosse menos do que peão de obra!

- Sei como é, porque, depois de um monte de grosserias, o meu ilustre me disse com a maior cara de pau: EU TRATO VOCÊ COMO A UM PRINCESA!!!!!!!!!!!!!!!!! Eu aguento????

- Ele vive arranhando o carro e se eu bater a porta com um pouco de entusiasmo vira uma fera e berra!!!!!!!!!


- Ele esqueceu tudo o que ensinei para ele nos últimos 20 anos! Está agindo como no começo do nosso casamento quando estava sob a influência da mamãe ... Eu tenho filhos e estou ensinando para os meus que não se procede dessa forma e ninguém tem que gritar com os outros.

E por aí foi o assunto das mulheres lá no salão de cabeleireiro. Todas reclamam da mesma coisa: gritos dos maridos!


Ali, tinha mulheres de diversas idades. Bastante jovens, recém-casadas; mais idosas e já com netos; mais experientes; mas a grande maioria com formação universitária, dedicam-se aos seus trabalhos e lutam pelo dinheiro, por volta dos 40 anos, com filhos adolescentes.

Uma delas chegou reclamando e incendiou o ambiente.

Um bando de desconhecidas formou um grupo de apoio e todas, sem exceção, disseram que os maridos gritam em casa. Todas reclamaram da agressão verbal e do tratamento desrespeitoso que recebem.

Fiquei ensimesmada, pois, eu também acho que tudo tem limite e que o homem não pode descarregar seus humores e seus medos e seus cansaços nas costas da parceira.

Penso que liberdade entre marido e mulher tem limite. Não é tudo que se pode dizer ao outro. Existem assuntos que precisam ser preservados, sentimentos que não podem ser expostos pois, senão, o desnudamento é tamanho que o outro passa a ser invasivo e, por desconhecer a profundidade da invasão pode causar danos irreparáveis no outro.

Todos nós devemos ter reservas, o que não significa mentir ou trapacear, mas sim, omitir e disfarçar. Ninguém deve se expor totalmente.

Bjkª. Elza

quarta-feira, outubro 01, 2008

PostHeaderIcon Blogagem Coletiva


Muita gente falando sobre o mesmo assunto no mesmo momento é chato. Passear pelos blogs e encontrar sempre o mesmo tema é terrívelmente cansativo.

Câncer de mama é mil vezes pior do que isso.

Câncer de mama é terrível pois, atinge a mulher no que representa a essencia da feminilidade. Para mim, as mamas representam mais a mulher do que o útero ou a vagina. As mamas são o atributo da sensualidade e fonte de alimento.

Sejam elas grandes, pequenas caídas, tortas, empinhadas; murchas ... não importa. Elas são a essencia da mulher e por isso devem ser tratadas com carinho e atenção.

Nesse dia de blogagem coletiva recebi a noticia que uma conhecida está com um nódulo na mama e será operada no correr da semana próxima. Mulher inteligente, arrimo de familia, doutora em comercio exterior; domina 3 idiomas além, do pátrio; professora universitária, aos 43 anos notou o caroço e não fez os exames necessários e não se cuidou.

Ao final de um ano ele cresceu e tornou-se perigoso e ela corre todos os riscos que conhecemos.

Tudo porque teve medo de enfrentar o menor. Agora, sem estrutura porque está anêmica, deprimida e infeliz e mais sozinha do que nunca, ela enfrentará o maior.

Conheço uma jovem que luta para debelar um câncer de mamas faz 5 anos. Luta como uma leoa para domar os gânglios e a metastese porque concluiu que se não mudar de atitude perante a vida não conseguirá vencer a doença.

Gostaria de apresentar as duas e deixá-las conversar.

Silvio era negro, bonito, casado com a Iêda. Ele lutou muito, mas o câncer de mamas o levou e deixou seis filhas pequenas para ela criar. Homem não está isento dessa doença e também precisa ser prevenido e examinado.

Desnecessários conselhos ou indicação de sites, pois, todos temos os meios de informação. Precisamos de coragem para encarar os primeiros sinais de algo se formando no nosso organismo. Precisamos apoiar aqueles que estão doentes.

Bjkª. Elza
terça-feira, setembro 30, 2008

PostHeaderIcon Minha cunhada

me dizia, hoje, com a maior sem cerimônia que era de fácil convívio e que não tinha gênio forte como eu a e filha dela que é mais parecida comigo do que qualquer um nessa vida.

Gargalhei e respondi:

- Não tem gênio forte? Quem foi que saiu de casa uma noite, aos berros, dizendo que iria se matar? Quem foi que pegou uma pilha de 12 pratos de sobremesa e jogou no chão? kakakakakak eu vi meu irmão sentar-se sobre você para segurar uma crise ...

Ela riu, pois, aposto que já tinha esquecido dessas cenas. Fácil falar da vida alheia, né?

- Pode parar, nêga, todos nós somos geniosos e todos nós somos temperamentais. Um átimo de segundo é o suficiente para tirar qualquer um do sério. Meu marido costuma dizer que sou do bem e de fácil convívio porque sou cordata e apaziguadora... Muito dificil eu ficar de mau humor ... Dá para acreditar nisso?

Em tempo: sempre fui a nervosinha e a encrenqueira da familia...

Ela mudou de assunto e teceu loas ao amor. Usou essa palavrinha desgastada e sem sentido como antídoto para todos os problemas.

Discordei de novo. Expliquei o que penso sobre essa palavrinha idiota e fui mais longe.

Disse para ela que tenho serias dificuldades para perdoar os que me magoam. Disse que fui julgada e condenada pelos familiares sem chance de defesa e que ninguém, mas ninguém me conhece e sabe quem sou. Disse que minha Mãe morreu sem saber a filha que criou embora tenha reconhecido perante outras pessoas que jamais me dera uma chance de me mostrar. Pela primeira vez eu disse o quanto tudo me magoou e como essa mágoa se reflete sobre mim até hoje:

Amor incondicional nem para o meu cachorro! A única gentil criatura que me tem sem barreiras é a Thelma Louise!

Ninguém chorou, ninguém levantou a voz e as emoções que rolaram foram muito bem recebidas e tratadas. Meu irmão ligou para meu marido que está em Goiânia e desejou feliz aniversário.

E por ai foram nossos temas. Falamos em irmandade, em peitos grandes e caídos; em mães e filhas; problemas e soluções... Jantarzinho em familia, gostoso e tranquilo, com muitas gargalhadas. Muita conversa leve e também coisas mais difíceis. Só nós três, de novo.

Meu irmão ficou do nosso lado mas dormiu sem parar. A oxigenação dele é muito ruim e ele apaga. Ela me disse que não viverá sem ele nem um dia. Falou diversas vezes na morte dele. Estará me preparando para isso? Eu não sei como reagirei à ausência dele. Quando eles se forem não terei mais familia para curtir...

Bjkª. Elza
domingo, setembro 28, 2008

PostHeaderIcon Minha avó dizia


que o melhor da festa é esperar por ela.


Essa máxima da Dona Lazinha se aplica para diversas situações.


Pois então ... esperei a festa e ela foi um horror.


Estou pensando em dar um fim nisso.


Já chorei, já recebi apoios vários e até fui paquerada, hoje, mas nada me consolou.


Sem bjkª. Elza
terça-feira, setembro 23, 2008

PostHeaderIcon Idas e vindas

Minha ida para BH foi uma peripécia.

A Maria me fez o favor de chegar atrasada, o que nunca acontece. Chegou tão tarde que me tirou a estabilidade. Imagine que eu deveria sair de casa às 9:45 para a rodoviária e a Maria chegou às 9:30h !!!!!!

Enquanto eu a esperava tratei de desmarcar minha passagem, solicitar vaga para o Baltazar no hotel, falar com minha amiga cachorreira para visitar a Thelma à noite e tourear o marido que ligava de 10 em 10 minutos!!!!!!!!!!!!!!!
No meio dessa faina, eu precisei cozinhar para o meu ilustre cachorro que não come ração!
Quando ela chegou, com os dois filhos, eu já desmarcara o taxi que os levaria até a casa dela, também!

Precisei desarmar todo o circo porque a bonitinha atrasou!

O pior é que eu não consegui passagem para o ônibus das 14 horas e me recusei a sair de São Paulo muito mais tarde para chegar em BH depois da meia noite.

Conclusão: telefonei para a Varig e lá fui eu de asa dura!

O fim de semana foi muito bom. Sem os bichos para cuidar e alimentar nós saímos no sábado pela manhã e só voltamos ao apartamento à noite, despreocupados e felizes. Comprei o presente do neto recém nascido de minha amiga Marli, assisti a um filme horroroso e comemos muito bem.

No domingo a coisa não foi tão fácil. Saimos de BH para Macacos, ali pertinho. Lugar lindo e maravilhoso, cheio de pousadas e restaurantes. Pitoresco e me pareceu Campos de Jordão logo no início, com ruas estreitas e muita vegetação.

Paramos num restaurante chamado Italiana. O marido queria comer a massa dominical e escolhemos fetuccini a bolognesa. Pedimos uma cerveja e bolinhos de bacalhau.

Tomamos a cerveja e comemos os bolinhos e continuamos a esperar pela comida. Um trio sentou-se na mesa ao lado, pediu a comida, comeu e foi embora e nós, continuamos a esperar.

Após uma hora e quarenta minutos de nossa chegada pedimos a conta e fomos embora, com fome! Quando estávamos pagando a conta a cozinha anunciou o nosso prato, mas não dava para comer. Nós estavamos digerindo a fome. Os sucos estomacais liberados pelo aperitivo e pela expectativa de comida enjoavam meu estômago ... Um fiasco!

Claro que reclamamos e claro que os paulistas soltaram o verbo, mas duvido que a coisa por lá mude. Faltou profissionalismo aos atendentes do restaurante, desde ao garçon horroroso, frio e com técnica primitiva até à gerente, muito simpatica e agradável mas que nada entende do dinamismo do serviço. O dono ... ah ... o dono ... apareceu para dar o troco da cerveja e ficou mais perdido do que cachorro que cai do caminhão de mudança.

Claro que fomos para outro lugar e comemos massa. Valeu!

O avião saiu no horário, sem um minuto de atraso, mas orbitei 20 minutos sobre São Paulo para pousar. Enfrentei fila de mais de 150m para tomar um taxi.

Meu coração estava apertado já que esperava meus companheiros de solidão na segunda feira.
Maria se fez surpresa e os trouxe para casa no domingo e quando cheguei as luzes estavam acesas e eles me esperando. Cada um a seu modo fez festa e demonstrou amor.
Nós três fizemos muita farra antes de dormir!

Desde ontem estou correndo com meu serviço, mas muito tranquila e feliz.

Bjkª. Elza

Thelma Louise

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Elza Maria sempre em busca de respostas. Paradoxal, curiosa, inteligente, crítica, observadora, sentimental, habilidosa, amorosa, sensível, disciplinada e um montão de outras coisas. Ser humano normal, comum, mediano, mas que gosta de escrever e está no quarto blog.

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